segunda-feira, 19 de novembro de 2012


Saída de campo á ETAR de Serpa
No dia 7 de Novembro de 2012 fomos visitar a ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) de Serpa com o objetivo de compreender como são tratadas as águas residuais.
A ETAR só funciona há 2 anos, desde Setembro de 2010, era a Câmara Municipal de Serpa a responsável pelas águas residuais produzidas na cidade  

Atualmente, o caudal de entrada de águas residuais na ETAR de Serpa é de cerca de 800 m3/dia.
A ETAR possui uma licença que lhe permite realizar descargas no barranco Cheixou, um afluente do Enxoé, que por sua vez vai desaguar no Guadiana.
Os problemas mais graves que podem surgir numa ETAR são a morte das bactérias, as descargas anormais e as falhas eléctricas. Até à data em Serpa ainda não surgiram nenhum desses problemas. 
A identidade responsável pela gestão destes equipamentos é as Águas Públicas do Alentejo.
Na ETAR de Serpa a água é tratada através dos seguintes processos: obra de entrada, decantador, vala de oxidação, tratamento terciário - filtração, desinfeção por ultravioleta, e espessamento das lamas.
O tratamento consiste no arejamento prolongado, onde se utilizam microrganismos para remover a matéria orgânica. As bactérias são utilizadas como decompositores. A água necessita de um nível médio de oxigénio para que as bactérias aeróbias se mantenham vivas e se possam desenvolver.
Na ETAR os filtros só são lavados quando entopem.
Fig.1- Obra de entrada
Fig.2- Obra de entrada , tamizador
Fig.3 Obra de entrada desarnamento
Fig.4- Obra de entrada
Fig.5- Obra de entrada, descarga de lamas
Fig.6- Vala de oxidação
Fig.7- Teste do cone Imhoff
Fig.8- Vala de oxidação
Fig.9- Decantador
Fig.10- Filtros
Fig.11-Tratamento por ultravioleta
Fig.12- Espessadores
Fig.13- Espassamento das lamas
Fig.14- Lamas para o aterro
Processo de tratamento de águas residuais:
Obra de entrada – A água que chega a ETAR, passa pelo tamisador, onde são recolhidos os resíduos sólidos para um contendor, que depois são encaminhadas para um aterro. Ainda na obra de entrada é realizado o desengorduramento e desarenamento que consistem em retirar a gordura e a areia da água.
Vala de oxidação – Encontram-se as bactérias aeróbias que decompõem a matéria orgânica. Na vala de oxidação é realizada o teste do cone Imhoff, que consiste em encher o cone até um litro com água da vala, depois deixa-se repousar durante uma hora para dar tempo da lama assentar, com o objetivo de perceber o seu nível. Quando estão acima dos 700ml, as lamas  vão para o espessador, quando estão abaixo dos 700ml voltam para a obra de entrada.
Decantador - A água depois de vir da vala de oxidação é colocada no decantador e deixa-se repousar, para que as lamas possam ficar no fundo, e as lamas menos densas acabem por ficar à superfície. A água que surge do processo de decantação é utilizada no tratamento terciário, onde a água passa pelos filtros de telas, e são desinfetadas através de raios ultravioleta, para que a água possa ser descarregada no barranco Cheixou. As lamas vão para o aterro.
Espessamentos das lamas - As lamas entram pela parte de trás do espessador, onde é adicionado um polímero que facilita a desidratação, para que os residos possam ir para o aterro com o mínimo de água possível.