Documentos


Métodos de prospecção de água subterrâneas
 
Métodos de prospecção de águas subterrâneas: métodos geológicos, hidrogeológicos e geofísicos. Prospecção direta: métodos de execução de sondagens mecânicas e dia grafias. Projetos de captação de águas subterrâneas. Caracterização hidráulica de aquíferos e captações. Planos de exploração e monitorização de recursos hídricos subterrâneos.
 
Os problemas hidrogeológicos que a prospecção geofísica pode ajudar a resolverem.
-Localização de cavernas em regiões calcárias.
-Estimativa da profundidade do aquífero e do nível hidrostático.
-Localização de antigos canais de rios que podem armazenar uma grande quantidade de água subterrânea.
-Avaliação da porosidade total e das reservas de água de um aquífero.
-Medida da velocidade de circulação da camada de água.
-Determinação da salinização das águas.
-Comprovação de relações entre aquíferos.
-Mapeamento de rios subterrâneos.
-Localização de fontes termais.
-Em regiões costeiras, profundidade de contato da água doce com água do mar.
-Na perfuração em sedimentos, a posição aproximada dos filtros de revestimento.
 
Os principais métodos usados na prospecção geofísica de água subterrânea.
Métodos:
Eletromagnéticos ou indutivos
VLF
TURAM
EM 34
GPR
Elétrico: RESISTIVIDADE ELÉTRICA
Na seguinte tabela representa os métodos mais usados no Alentejo.
 
Acrescentando a tabela o método de resistividade
Resistividade elétrica: este método dá-nos informação sobre as camadas, ou corpos, que tenham anomalias na sua condutividade eléctrica. O método resistivo é usado sobretudo em estudos de águas subterrâneas.

Bacia hidrográfica do Rio Guadiana


A bacia hidrográfica do rio Guadiana abrange uma superfície total de 66 800 km2, dos quais 55 220 (83%) em Espanha e 11 580 (17%) em Portugal. É a quarta maior bacia hidrográfica da Península Ibérica, depois das bacias do Douro, Ebro e Tejo.

A população total residente no interior da bacia ascende atualmente a 1900 mil habitantes, dos quais 230 mil (12%) em Portugal, a que corresponde uma densidade populacional média de 28 hab/km2 para a totalidade da bacia e de 20 hab/km2 para a parte portuguesa, bastante inferior à média no Continente (110 hab/km2).

O rio Guadiana nasce nas lagoas de Ruidera em Espanha, a 1700 m de altitude, desenvolvendo-se ao longo de 810 km até à foz, no oceano Atlântico, junto a Vila Real de Santo António. Em Portugal, o rio tem um desenvolvimento total de 260 km, dos quais 110 km delimitam a fronteira

A bacia do Guadiana apresenta uma forma comprida e estreita, de direção geral E-W em Espanha e direção N-S em Portugal. A bacia nacional do Guadiana encontra-se delimitada a Norte pela bacia do rio Tejo, a Sul pelo Oceano Atlântico, a Este pela fronteira e a Oeste pelas bacias dos rios Tejo, Sado, Mira e Arade, estendendo-se pelas unidades morfoestruturais correspondentes ao Maciço Antigo e à Orla Meridional Algarvia.
Os Barrancos que estamos a estudar não fazem parte da rede hidrográfica do Guadiana, esses barrancos têm pequenas fontes que fazem com que tenha água corrente durante o ano todo.

Fig.1- Hidrografia do Guadiana


Fig.2- Hidrografia da península ibérica






Fig.3- Barrancos em estudo





Recursos hídricos superficiais e subterrâneos


Águas subterrâneas

As águas subterrâneas constituem o maior reservatório de água doce do planeta Terra. Formam-se, essencialmente, a partir da infiltração da água da chuva , uma vez no subsolo, podem formar lençóis de água quase imóveis, que alimentam as fontes e os poços, ou então circulam por entre as fissuras das rochas.


Esses lençóis podem ser de grande ou pequena capacidade, de boa ou má qualidade. Sendo assim, antes de se começar a exploração dessas águas, temos de ter em conta os estudos hidrológicos, hidrogeológicos, bacteriológicos, físico-químico, também como os dados relativos a pluviosidade correspondente à zona. Com esses estudos vai-se saber a quantidade, a qualidade e a durabilidade do lençol.

Existem, no entanto, águas subterrâneas que têm uma origem diferente da infiltração, são as águas juvenis que provêm do interior da crusta, tal como certas águas termais, e aquelas que são retidas nas rochas (água higroscópica e água de retenção).


As rochas podem funcionar como reservatórios de água que pode ser extraída, através de técnicas apropriadas, para consumo humano.

Mais de metade da população mundial depende das águas subterrâneas para abastecimento público.



Águas Superficiais

Essas águas surgem na natureza em forma de nascentes, rios, lagos ou lagoas, a sua forma de origem define a qualidade dessas águas.

Com o crescimento demográfico e a consequente, existe uma maior procura de água para o consumo humano, começou-se a construir grandes captações de águas, nos rios e depois nos lagos e nas lagoas.



Ciclo hidrológico e os efeitos que tem sobre a paisagem e a biodiversidade


Ciclo hidrológico
A água circula continuamente na Natureza, podendo passar pelos diferentes estados - sólido, líquido e gasoso.


Devido ao calor do sol, a água dos oceanos mares, rios e lagos passa lentamente do estado líquido para o gasoso. O vapor de água na atmosfera arrefece e condensa-se, transforma-se em pequenas gotas de água, formando as nuvens.


Depois a água volta novamente à superfície terrestre sob a forma de precipitação - chuva, neve ou granizo. Uma parte cai diretamente nos oceanos, mares rios e lagos, outra escorre à superfície terrestre e outra infiltra-se no solo, formando lençóis de água subterrâneos.
A água absorvida pelo solo passa para as plantas, que a absorvem pelas raízes.
Os animais obtêm a água consumindo as plantas ou bebendo nos rios, riachos e fontes. Pela respiração e transpiração dos organismos, a água regressa de novo à atmosfera.
assim, o ciclo repete-se continuamente




Ciclo hidrológico e os efeitos sobre a biodiversidade

O ciclo hidrográfico é fundamental para a manutenção da biodiversidade. Sem a influência deste ciclo no nosso planeta, a vida existente na Terra ia acabar por morrer. A água é o elemento necessário para a vida, para a produção de alimentos, reprodução, e ecossistemas aquáticos e mesmo os terrestres.

Ciclo hidrológico e os efeitos sobre a paisagem
Nas seguintes imagens podemos ver a influência do ciclo hidrológico sobre as seguintes paisagens no mesmo local. Nesta sequência de fotos podemos observar como, ao longo do tempo a vegetação foi crescendo e tornando-se mais verde. Ao longo das imagens também se pode observar que o corredor ripícola está cada vez mais rico em biodiversidade, o que ajuda na manutenção da qualidade da água, uma vez que a vegetação aí presente atua como filtro que retém a poluição difusa (pois o barranco em estudo está muito poluído). Esta vegetação também desempenha um papel importante na regulação da temperatura da água e redução dos riscos associados à erosão.
Fig. 1: Fotografia tirada a 19/09/2012


Fig. 2: Fotografia tirada a 05/10/2012


Fig. 3: Fotografia tirada a 19/10/2012

Diferentes ecossistemas aquáticos

               
 As águas continentais são corpos de água que se encontram em terra firme e estão integrados por dois grandes ecossistemas: Lênticos, formados por águas tranquilas, como lagos, pântanos, represas e mangais, entre outros e Lóticos, formados por correntes de água, tais como nascentes e rios.


Ecossistemas Lênticos
 Os lagos são um bom exemplo de corpos lênticos. Eles distinguem-se em três níveis: o litoral, a zona limnética e a zona profunda.
 A distribuição da vida nos lagos depende em grande parte da disponibilidade da luz, dos nutrientes e do solo.
 Os lagos podem ser originados de diferentes maneiras, nomeadamente, por formações vulcânicas, pelo deslocamento dos glaciares ou quando a água fica numa zona de depressão e não vai diretamente para o mar. Também temos ecossistemas lênticos em barragens artificiais como o “facho” e a “vareta” que temos na Freguesia de Vila Nova de S. Bento.


As principais funções dos lagos são:

- Importantes formadores do solo;
- Armazenam grandes quantidades de água;
- São um recurso natural ou artificial produtivo;
- São uma zona de mitigação nas áreas de inundações;
- Representam um habitat com uma grande variedade de espécies de animais e plantas;
- Fornecem água doce a plantas, animais e aos seres humanos;
- Regulam os microclimas próximos.







Fig.1 Barragem da Vareta


Ecossistemas Lóticos

 As correntes lóticas, como os rios e ribeiros, variam de acordo com a velocidade de seu fluxo, temperatura, material em suspensão e outros factores que determinam por sua vez a flora e a fauna ao longo da corrente.
 Os rios diferem dos lagos porque recebem uma maior quantidade de matéria orgânica.
 É de destacar que, dada a velocidade destes corpos de água, são áreas muito instáveis e irregulares. Isto ocorre porque no nível mais alto do rio o declive é mais acentuado e as águas adquirem maior velocidade.
 Conforme o declive diminui gradualmente ao perder altitude, o volume de água, a temperatura e opacidade aumentam, a concentração de oxigénio diminui e o solo muda de rochoso a lodoso.



As principais funções dos rios são:

- Recurso natural produtivo;
- Habitat de uma grande variedade de organismos;
- Abastecimento de água;
- Descarga de água em zonas altas;
- Fornecem água doce a plantas, animais e aos seres humanos;
- Transporte de nutrientes;
- Mobilização de poluentes;
- Regulação de microclimas.
















Fig.2 Rio Guadiana

Sem comentários:

Enviar um comentário